Inquérito
Máquina Mortífera
[Introdução]
Atualização?
-dono da propriedade, presidente..
[Verso 1]
12:40 dia 8/6
Lua cheia quarta-feira comecinho do mês
Hoje foi dia ó fez 5 anos
Que eu sai do serviço que eu tô sem trampo
Puta calor não consigo pegar no sono
Ainda por cima mo treta com os pernilongo
Mais isso e o de menos o que preocupa e outra coisa
As contas responsa isso que da insônia
Antigamente no começo até fazia uns bico
So que hoje em dia parceiro nem isso
Tá difícil...até p quem e formado
Imagina p mim so com mobral acabado
Viro p lado p outro quem disse que eu durmo
Toda noite e assim sempre me pergunto
Porque que ele teve que ma mandar embora
Porque sera que tem que se dessa forma
Perder o emprego p uma maquina que nem respira
Ou perder a vida na mira duma maquina que atira
Falando em arma ae lembrei do gatilho
Do meu patrão com o dedo cão Bummm..demitido
Foi tipo um tiro ó acabou comigo
Aquela palavra ainda ecoa no meu ouvido
Refrão
[Verso 2]
Automatização,tecnologia
Só que os direitos humanos cheira a naftalina
Evoluíram os robôs deixaram o amor arcaico
Não conseguiram a paz dos palestinos com judaicos
Aumentaram o arco-íris mas dividiram as cores
Falsificaram o sentimento plastificaram as flores
E quem será que fabrica mais ladrão
Um partido ou uma super lotação
E na sua opinião quem e mais perigoso
Favelado bandido ou juiz criminoso
Porque um cresceu na miséria
O outro ia pra Disney nas ferias
Um fez a quarta serie o outro curso até na Inglaterra
Histórias tão diferentes hoje em dia tão igual
Um chama beira mar o outro Lalau
Preconceito exclusão discriminação
Maquina de faze vilão ...
Refrão
[Verso 3]
Tá lembrado do meu patrão o Zé lu então
Fiquei sabendo que ele perdeu tudo
Disseram que a esposa morreu atropelada
E o filho no assalto reagiram meteram a maquina
A mesma que tirou meu emprego
Deixou ele viúvo e sem herdeiro
Deixou mais um pai de família desempregado
Pronto p busca cesta básica maquinado
Mais que nada enquanto o cérebro não dé pau nois vai indo
O homem tá ai a todo vapor progredindo
Fez a metralhadora p fabricar os mortos
E a calculadora p contar os corpos
O Ze vendeu tudo as maquinas fechou a fabrica
Tá quase morrendo em cima de uma maca
Envelheceu enferrujou saiu de linha tá la
Dependendo de uma maquina até p respirar
So que a maquina de sentimento ainda bate dentro do peito
E faz ele maquina em cima do leito
Nas lembranças deixadas pela maquina fotográfica
No porta retrato ele com a família em casa
Tempo bom que a tecnologia não traz de volta
So mesmo a maquina do tempo a memória
Esquece da tia que morreu doente
De tanto trampar numa singer numa Brastemp
Talvez ele aprenda agora ó quase em coma
Que a vida vale mais que uma maquina registradora
Que quando o amor não funciona mais o mundo pifa
Ganancia cobiça maquina mortífera