Allen Halloween
O Grande Gentio
[Intro]
Ah! Hoje a morte virá
Virão ventos de tempestade mas nada nos afundará
Continuem a remar
Nós ki nasci homi, ki ta mori homi guerrilha
Aqueles que temem a morte são livres de abandonar

[Verso 1]
Este é o país governado por antigos pides, chibos
Deus perdoe os meus inimigos
Colaboradores e informadores do antigo regime, vivos
A sabotarem o nosso caminho
Hoje eles vestem as cores de conhecidos partidos
Falam de paz e amor em nome do homem livre
A queda da república, aleluia
Eles enrolaram a verdade até criarem uma múmia
Senhores doutores eu não estudei muito
Nem li nenhum dos vossos livros
Meu professor, foi Jesus Cristo
Cristo abriu os meus olhos
Eu vejo além do vosso raciocínio
Eu vim buscar os vossos filhos
Histórias de embalar, de anos a navegar
Mas as águas não lavaram as mãos dos heróis do mar
Fuck quem me fez!
Foi o estado português
Sanhá é o nome do escravo que fugiu de vez
O olho que tudo vê, não me viu
Rasguei a Carta de Alforria e atravessei o rio
Talvez ele veja o sangue do grande gentio
Mas maçon, os meu filhos serão mais de mil, il
Todos adoram negros como o Eusébio
Forte, preto, burro, fechado na Senzala
Homens que deram tudo até não terem nada
Brother, levam a mascote a passear
Pelo mundo, pantera domesticada
Oferecem-te tremoços
Pensas que é mariscada
Quem não tá connosco foda-se
A tua glória para mim é caca
Sou aquele pombo preto que caga na tua estátua
Sucker
[Refrão]
Bombardear o inimigo
Bombas Hip Hop do Algarve ao Minho
Bombardear o inimigo
Bombas Hip Hop do Algarve ao Minho

[Verso 3]
Vem pirata do mar, filho de Salazar
Semente de Satanás
Marcha contra o canhão e verás
E saberás que o ódio começou a fermentar há 500 anos atrás, rapaz, não há justiça não há paz
Traz a tua glória
Tua cultura que deturpa a história dum povo sem memória
Traz essa puta chamada católica
Cabra diabólica, babilónia
A grande meretriz
A mulher de Apocalipse
Pelo ouro e o poder deitou-se até com Nazis, Bitch
E todos os governos que ela quis
Embriagada com o sangue de tantos
Em nome do santo do filho da virgem Maria
Guarda as minhas palavras
Eu não falei mentira
Nem nenhuma heresia
Aproxima-se o teu dia
Teu e do preto como eu
Aquele que torna África num bordel do Europeu
Meu Deus
Vosso castigo é maior
Não cabe nos céus
Por fim ele cairá sobre ti e sobre os teus
Terás que me pagar
A mim e aos meus
Dá-me o que Deus me deu
Não foi por esta verdade que Cabral morreu
[Refrão]
Bombardear o inimigo
Bombas Hip Hop do Algarve ao Minho
Bombardear o inimigo
Bombas Hip Hop do Algarve ao Minho