Amália Rodrigues
As Lavadeiras de Caneças
Dos fregueses a conduta
Na roupa que se prova
Bem lavada e bem enxuta
Até fica como nova
Com Lisboa sem vaidade
A saloia pede meças
Há mais burros na cidade
Do que há burros em Caneças
Ai bate, bate
Bate a preceito
Ai bate, bate
Esfrega com a mão
Batida a eito
A roupa de feição
Ó vai
Ó vai com jeito
Ou com sabão!
Ai bate, bate
Bate a preceito
Ai bate, bate
Esfrega com a mão
Batida a eito
A roupa de feição
Ó vai
Ó vai com jeito
Ou com sabão!
Sе por cá rebenta o fogo
Entre o povo е mais a tropa
Em Caneças, vê-se logo
Quando a gente aparta a roupa
Eu conheço badamecos
Que só vestem roupa fina
E até lavo papo-secos
Que usam cuecas de menina
Ai bate, bate
Bate a preceito
Ai bate, bate
Esfrega com a mão
Batida a eito
A roupa de feição
Ó vai
Ó vai com jeito
Ou com sabão!
Ai bate, bate
Bate a preceito
Ai bate, bate
Esfrega com a mão
Batida a eito
A roupa de feição
Ó vai
Ó vai com jeito
Ou com sabão!
Ai bate, bate
Bate a preceito
Ai bate, bate
Esfrega com a mão
Batida a eito
A roupa de feição
Ó vai
Ó vai com jeito
Ou com sabão!