🔥 Earn $600 – $2700+ Monthly with Private IPTV Access! 🔥
Our affiliates are making steady income every month:
IptvUSA – $2,619 • PPVKing – $1,940 • MonkeyTV – $1,325 • JackTV – $870 • Aaron5 – $618
đź’µ 30% Commission + 5% Recurring Revenue on every referral!
👉 Join the Affiliate Program Now VinĂcius de Moraes
Balada do mangue
[Verso: VinĂcius de Moraes]
Pobres flores gonocĂłcicas
Que Ă noite despetalais
As vossas pétalas tóxicas!
Pobre de vĂłs, pensas, murchas
OrquĂdeas do despudor
NĂŁo sois L? lia tenebrosa
Nem sois Vanda tricolor
Sois frágeis, desmilingüidas
Dálias cortadas ao pé
Corolas descoloridas
Enclausuradas sem fé
Ah, jovens putas das tardes
O que vos aconteceu
Para assim envenenardes
O pĂłlen que Deus vos deu?
No entanto crispais sorrisos
Em vossas jaulas acesas
Mostrando o rubro das presas
Falando coisas do amor
E Ă s vezes cantais uivando
Como cadelas Ă lua
Que em vossa rua sem nome
Rola perdida no céu
Mas que brilho mau de estrela
Em vossos olhos lilases
Percebo quando, falazes
Fazeis rapazes entrar!
Sinto entĂŁo nos vossos sexos
Formarem-se imediatos
Os venenos putrefatos
Com que os envenenar
Ă“ misericordiosas!
Glabras, glĂşteas caftinas
Embebidas em jasmim
Jogando cantos felizes
Em perspectivas sem fim
Cantais, maternais hienas
Canções de caftinizar
Gordas polacas serenas
Sempre prestes a chorar
Como sofreis, que silĂŞncio
NĂŁo deve gritar em vĂłs
Esse imenso, atroz silĂŞncio
Dos santos e dos herĂłis!
E o contraponto de vozes
Com que ampliais o mistério
Como Ă© semelhante Ă s luzes
Votivas de um cemitério
Esculpido de memĂłrias!
Pobres, trágicas mulheres
Multidimensionais
Ponto morto de choferes
Passadiço de navais!
Louras mulatas francesas
Vestidas de carnaval
Viveis a festa das flores
Pelo convés destas ruas
Ancoradas no canal?
Para onde irĂŁo vossos cantos
Para onde irá vossa nau?
Por que vos deixais imĂłveis
Alérgicas sensitivas
Nos jardins desse hospital
EtĂlico e heliotrĂłpico?
Por que nĂŁo vos trucidais
Ă“ inimigas ou bem
NĂŁo ateais fogo Ă s vestes
E vos lançais como tochas
Contra esses homens de nada
Nessa terra de ninguém!