Antônio Carlos Jobim
Enterro da Iyalorixá
Morreu Iyalaorixá
Mãe de santo
Do Axé do Opô, do Opô Afonjá
Será que foi ebó pra Iyá
'Inda ontem fez tanto pra Xangô
Hoje segue deixando tristeza
No seu reino que ficou
Foi doença de branco, Xangô falou
Diz alguém do axé bem informado
Iyalaorixá não pega ebó
Senhora tem corpo fechado
Quem terá seu trono de mistério?
Quando jogar Edin Ogun, Xangô dirá
Chegará outra Iyalaorixá
Pra mandar, pra dizer, pra reinar
Pra mandar, pra dizer, pra reinar
Pra mandar, pra dizer, pra reinar
Pra mandar, pra dizer, pra reinar
Orixás velam seu sono
Segue o ritual nagô
E ao som de atabaques
Iyalaorixá descansou
Iyalaorixá descansou
Iyalaorixá descansou
Morreu senhora
Morreu Maria Bibiana do Espírito Santo
Senhora governou durante anos
O mundo mágico e complexo do Candomblé
Reunem-se os obás e os ogãs
Para conduzir senhora
À sua última morada
Tem início o ritual nagô
Ouve-se a voz do pai de santo
Elevar-se em língua yorubá
O caixão solto no ombro dos obás segue
Três passos pra frente, três passos pra trás
Três passos pra frente, três passos pra trás
Três passos pra frente, três passos pra trás
Três passos pra frente, três passos pra trás
Três passos pra frente, três passos pra trás
Três passos pra frente, três passos pra trás
Três passos pra frente, três passos pra trás