Antônio Carlos Jobim
Luiza
Rua, espada nua
Bóia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio, lento
Um trovador cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer, Luiza
Eu sou apenas um pobre amador apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda, amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora
Um coração
Vem cá, Luiza, me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Me dá tua boca
E a rosa louca, vem me dar um beijo
E um raio de sol nos teus cabelos
Como um brilhante que, partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar
Luiza