...1999 façcĂŁo central, versos sangrentos, a trilha sonora do inferno eu tĂ´ cansado de dor, sofrimento a mesma histĂłria, mesmo fim, mesmo exemplo as vezes, quase perco, caio na armadilha penso em uma na cinta, tiro nos traĂras daĂ eu raciocino... dá um tempo Eduardo!!! inimigo nĂŁo Ă© favelado, Ă© o cĂş de terno engravatado pra que ligar os manos, acionar os canos pra ver boy batendo palma com a gente se matando nĂŁo quero porco de blazer cinza de sirene ligada gritando para, para, sacando dando rajada já tĂ´ cheio de aceitar naturalmente cadáver no chĂŁo, moleque em volta batendo bola, contente hoje morre um, amanhĂŁ tem a vingança daqui dois dias o vingador tambĂ©m sangra na ambulância Ă© sĂł o bam-bam-bam da quebrada ir pra cadeia que os caras crescem o zĂłi e começa a guerra pela biqueira mano que estudou comigo, hoje se dizendo bandido por cada motivo ridĂculo, aberto no meio com uma pá de tiro infelizmente, aqui o herĂłi tem que ter metralhadora tirar várias alemanhas, ser patrĂŁo de inĂşmeras bocas Ă© o status macabro, o pĂłdio do inferno com duração de seis meses de sucesso mas eu prefiro ficar na paz quebrando o cĂş de gambĂ© maldoso que vem seco pra me prender e nĂŁo acha nada no meu bolso eu vou trilhar outro caminho mesmo sendo um sonho quase impossĂvel eu vou trilhar outro caminho longe de policia, de sangue e de barulho de tiros(x2), já quis assaltar um banco, trocar com os policias ser o numero um, ter fuzil, quadrada com mira acreditei que vendo escorrendo sangue do rico teria felicidade comigo, motivo pra um sorriso sempre rindo dos trutas que tava trampando desacreditando dos moleques estudando na quadra treze anos, cocaĂna, baseado hoje vivo por um milagre, a um passo do fracasso sem profissĂŁo sem emprego, frustrado entre uma ar15, e uma porra de salário filho da puta estuda, escuta o professor usa teu Ăłdio pra conseguir um diploma, morĂ´? aquela tiazinha de variz, cabelo branco tá sempre te olhando, fica esperando ter sido boa mĂŁe pro maluco certo que ao invĂ©s de nĂłia analfabeto, vai ser um arquiteto que histĂłria faz quem invade um DP afoga o delegado na privada, bate no puto atĂ© ele morrer pra quebrada vira um herĂłi levando o trofĂ©u pro estado vira um numero, um cadáver, outro rĂ©u Deus do cĂ©u me livra do cĂ©u, antes da minha hora seja meu guia senhor, nĂŁo quero flores em memĂłria prefiro ficar na paz quebrando o cĂş de gambĂ© maldoso que vem seco pra me prender e nĂŁo acha nada no meu bolso eu vou trilhar outro caminho longe de policia, de sangue e de barulho de tiros(x2) sĂł decepção, sĂł rancor, sĂł desgraça sonhos metralhados, Ăłdio em cada alma sonho com a paz, mas quero vingança indenização pelo corpo desfigurado na ambulância sou um androide de carne e osso programado pro revide pra ser protagonista de mais uma histĂłria triste se eu for pro arrebento, nĂŁo solto o refĂ©m arregaço o canalha pow! pow! e me mato tambĂ©m sem medalha pro atirador, sem medalha pro negociador a manchete no jornal "a policia fracassou" me dĂŁo no tráfico 500 contos por semana respeito, piranha na cama, fama no trampo com a quinta sĂ©rie de escolaridade Ă© um salário sem passe e cesta básica por milagre na porra da TV o carro que eu nĂŁo posso ter a comida que eu nĂŁo vou comer, o refrigerante que eu nĂŁo vou beber meu filho quer o brinquedo do seu herĂłi preferido nunca vai entender que Ă© sĂł pro filho do porco rico daqui uns anos vai ser preso roubando uma vaca rica vai conhecer o taco de basebol do boy quando a cadeia vira vou tentar outro caminho, ser um bom exemplo pra lágrima da minha mulher nĂŁo pingar no vidro do meu caixĂŁo preto pra eu continuar quebrando o cĂş de gambĂ© maldoso que vem seco pra me prender e nĂŁo acha nada no meu bolso