Vincent
Cód. de Conduta V2.0
[Verso 1: Vincent]
Abrem-se as cortinas, o vento assovia é inverno
A cobrança sempre vem à caráter pra esmagar os prego
Não quero o espaço de ninguém, vim fazer o meu
Respeito a caminhada dos que estão antes que eu
Não condiz com o que penso, sou mais eu no inferno
Nunca serei mochila, eu mesmo aqui me carrego
Palavra é concreto, suspiro nos versos, dichavo os processos
E eu mando sair andando se não corre pelo certo
[Ponte: Vincent]
“Busque clareza em seus objetivos, abra a sua visão interior
Aqui ninguém ta pra brincadeira, a voz da rua fala mais alto”
[Verso 2: Vincent]
Rasga a garganta seca, a verdade aqui te cega
Vaidade é a peste negra, no ego em que ela impera
Quando olha no espelho diz o que que ele reflete
Se é um homem de verdade, ou o casulo de um pivete
Bate no peito assume as responsa
Da a cara a tapa, na treta com as onças
Se não se apressar agora
É sem descanso à sombra
E é foda, a verdade desmonta
Os escombros se juntam
A caneta concreta, sanciona
Embaralha e dissolve
Devolve a ideia mais branda
Em forma de onda
Sem sombra de dúvidas
[Verso 3: Balão]
Tamo pra derrubar o Império
De quem diz que fala sério
E arrota só groselha
Nos headphone e nos estéreos
Se o RAP for uma doença eu sou a tal da bactéria
Que infecta esse sistema com o gene da Nova Era
(Idéia certa é não moscar) tão logo me adianto
Me intimaram pra rimar e o resultado causa espanto
To pela Capela, faminto e com pressa
Se é bença ou mazela, já não me interessa
Não vem com novela, TV me estressa
Só ideia indigesta, que engana e adestra
(E se quiser pagar pra ver)
O nosso trampo não tem preço
E se insistir na pagação
Compra o EP que eu agradeço
[Verso 4: iODES]
E o cash paga minhas contas, e melhora a estrutura
Muitos no corre dia-a-dia pra manter a cultura
Aprendo com o erro alheio, inspiração no convívio
Narrador de histórias, também canto o que vivo
Abraço a causa nacional, sem estilo gringo
Pé no chão cria raízes no solo em que habito
Se não ta na sua casa não causa que aqui é o Brasa
Não pago pau de quem que não respeita a minha pátria
Aqui nois ganha em real, não euro, libra ou dólar
A nossa Mercedes, é o busão indo pra escola
Dou valor ao meu trampo, respeito é bom e eu também quero
Tu não é mais que ninguém porque o outro tá de chinelo
Com o bife na mesa se preocupa com que é seu
Porque ao mesmo tempo, vai te roubar quem não comeu
Infelizmente é a guerrilha que todos vivem
Quem tem vai proteger, e que não tem recorre ao crime
Encontrar o caminho, só depende de você
A rua ensina o que tu quer aprender
Bandidagem ou princípios, amizade ou inimigos
No corre é bom fica esperto de domingo a domingo
Enxergar vários enxerga, até se ver com o ego no teto
Sou realista e tô esperto, planejo o meu trajeto
Humildade e dialeto, correria pra viver
Vou dar uma condição melhor, pra quem me ajudou a crescer