[Refrão x2 - Praso]
Eles andam a testar
A ver se um gajo grama
Mas andam a dormir com a fama na cama
Tu dás-lhe gramas, dás-lhe gramas
[Verso 1 - Praso]
Vejo muitos a apreciar a sombra
Fazem pouco e só ficam com o que sobra
Nem que seja kizomba
No mesmo ângulo de visão da cobra
A minha persona não se dobra
A consciência não me cobra
Eu posso ter valor e não ter o que querem trafique
P'ra ti é complexo
Mas haverá muito mais gente que se identifique
Ser real é como um tique
E tu vives num boutique
Não me batas com serenatas
Nem convites para piqueniques
Confuso não!
Não vendo isto pois vejo bem
A fama fez te refém
E só escreves porque convém
Só gravas porque eles querem
Só dizem os que eles querem
Por isso é que te seguem
Espero que um dia te ceguem
Para ver se ouves bem o dizes
Em vez do que vês
E não gastares um dom desses a a vender cd's
Se és tão visionário com crês
Faz algo útil
E encontra o Rui Pedro e a Maddie de vez
[Refrão - Praso]
Eles andam a testar a ver se um gajo grama
Mas andam a dormir com a fama na cama
Se não tens respeito pelo público
Dá-lhe gramas
Dá-lhe gramas
[Verso 2 - Montana]
Mc's são visionários, viram o futuro lá fora
Criticavam no passado, tudo o que fazem agora
Sei que vender o corpo sempre teve na moda
Então se calhar és tu a bitch de quem falas a vida toda
Monthug, junta-te a eles, para seres conhecido
Meu irmão, eu já vendi, mas nunca fui vendido
Mantém-te na lei, não sejas um arguido
Esse cu branco na prisão é comida para os meus amigos
Quanto mais ouvintes, menos me interessa
Numa sociedade que idolatra aquilo que não presta
Nomes conhecidos abrem espaço para merda
E burros como tu aplaudem e fazem festa
Vou escrever como se o mundo fosse só para mim
Vou viajar e voltar sem sair daqui
Para tentar esquecer o que ouvi de ti
E continuar a aprender com o que escrevi
[Refrão - Praso]
Eles andam a testar a ver se um gajo grama
Mas andam a dormir com a fama na cama
Se não tens respeito pelo público
Dá-lhe gramas
Dá-lhe gramas