[Intro]
Porquê tanto ódio?! Ya
[Verso 1: Sam The Kid]
À espera do mundo criado pelo inocente
Mataram o culpado a sangue frio como presente
O mundo revoltou-se e fez silêncio absoluto
Não deu cana nas acções como um palhaço ducto
Observou o puto, e falou bem claro
Disse para deixar as feridas que eu saro
A minha filosofia varia de dia para dia
Porque esta nunca me faz companhia
Nunca fui ambicioso de subir ao pódio
Mas as visões fazem-me criar este ódio
Este ódio que não pretendo, este ódio que eu não entendo
Este ódio que eu não recomendo, se quiser até o vendo
Se quiser até ofereço
Mas sei que este ódio eu não mereço
Tudo tem um preço um o preço disto eu desconheço
Podes te vingar mas tu sabes que eu não me esqueço
Eu não me esqueço
Eu não me esqueço
[Interlúdio]
Tu consegues ser cada vez mais besta
E a este progresso chamas CI-VI-LI-ZA-ÇÃO
Vai vivendo a bestialidade da noite dos meus olhos
Vai inchando a tua ambição toiro até que a barriga te rebente rã
Serei vitória um dia, e a hegemonia de mim
E tu, nem derrota nem morto nem nada
Um século dos séculos virá um dia
[Verso 2: Sam The Kid]
Não metas tudo no mesmo saco nem caias no buraco
Só os fortes sobrevivem e tu não queres ser um fraco
Criticas os tempos e chamas-lhe de básico
E tu nem sequer sabes o que é um trifásico
Quem és tu? Para falares assim à toa
No fundo isso é nojo mas dizes que te magoa
Voa, voa, e reflecte na influência
Verás-me a mim logo em evidência
Precisas de assistência? Daqui não levas não
Porque a tua figura mete-me impressão
Agora estás do outro lado, como é a sensação?
Se não gostas dela não a fizesses então
Criaste o feitiço esquecestes-te da poção
Coitado do feiticeiro caiu na sua maldição
Antes de falares mete-te na outra posição
E vais me dar razão porque é a melhor solução
Respeita a outra opinião
É só isso que eu te peço
E para a próxima eu já interesso
Não me olhes como um carocho ou um mendigo
Basta teres uma conversa comigo
Julgas que eu sou um monte de doenças
Mas tu irás ver que eu não sou o que tu pensas
Eu não te odeio, odeio é o teu ódio
[Outro: Mário Viegas]
E mais do que isto ainda muito mais
Hei-de ser a mulher que tu gostes
Hei-de ser ela sem te dar atenção
Haaaa! Eu sinto claramente que nasci duma praga de ciúmes
Eu sou as sete pragas sobre o Nilo
E a alma dos Bórgias a penar