Convergem aqui
Inicio e fim
Se a neve cobre
Aqueles passos que dei
Somos duas janelas
Por quais o sol não se filtra já
Em seu reflexo escuro
É onde falta mais
As mãos na almofada
E seus olhos sobre mim
Os busquei na pele nua quando entendi que você de mim
Pode ver o que escondi

Olhe pra mim
Se não te escuto, ouça-me
Se não há palavras, permaneça
Se todo o bem que dei, você o vê e ainda existe
Desculpa-me
Se não te tenho entendido, ajude-me
Frente de você espero, abraça-me
Vejo ainda entrar a luz por essas duas janelas
Duas janelas

Eu tive tudo e mais
Mas em o que hoje tenho eu
Não tenho encontrado refugio
Ali não cabe a dor
Sabemos que o destino
Piedade não vai ter
Muito mais que o que tenha
Diga se ama e o porque
Diga a quem você ama e o porque

Olhe pra mim
Se não te escuto, ouça-me
Se não há palavras, permaneça
Se o bem mal gastamos, mas ainda existe
Desculpa-me
Se não te tenho entendido, ajude-me
Se depois me perco, abraça-me
Vejo ainda entrar a luz por essas duas janelas
Com meus intentos frágeis
Luto contra o pânico a ausência insuperável
Não sabe que difícil é
Perder-se entre as bordas de uma cama onde não te encontro mais
Mais

Olhe pra mim
Se eu me distraio, escute-me
E com o silêncio, permaneça
Esta noite é complicada mas é somente nossa
E desculpa-me
Se eu não te entendo, ajude-me
Frente a você espero, abraça-me
Vejo ainda entrar a luz por essas duas janelas
E olhe pra mim

O amor é sempre amor e antes de tudo ganha
Olhe pra mim
E se te busco, escute-me
Frente a você espero, abraça-me
Todo o bem que você sentiu
Ainda existe