Rashid
Um Brinde a Todos Que Se Foram
[Verso 1: Rashid]
Entregue flores pra quem ama quando
Ainda puderem sentir seu aroma perfumando
Puderem ver sua delicadeza enfeitando
E pouco a pouco a sua beleza desmanchando
É só a natureza demonstrando
Que tudo passa e não importa o quanto o ser humano faça que é malandro
O momento é efêmero tal qual um cigarro
Somos a criança olhando da janela do carro
E lá fora tudo corre, me lembra de uns bang
Que nóis não prosperava mesmo com geral dando o sangue
E é cristalina a lembrança, nem querendo dеscarto
Quando meu irmão nasceu nós quatro morava num quarto
O peito еra farto de amor
O sonho era aquelas caixona de lápis de cor
Minha tia limpando o quintal, ouvindo um pagode
Isso era noventa e tal, respeita o bigode
Que o seu ainda é de Toddy
Ouvia as história, fulano foi preso
Ciclano tá fazendo as fita agora, sentia o peso
Um por um, os conhecido vão tomando o seu rumo
A vida ensina: "siga em frente", fui péssimo aluno (pensando bem)
Quanto talento rendido pro vício? (que desperdício)
Aqui na área acontece muito disso
Gente que tinha um brilho de tirar o foco da lente
Só teve a chance de virar uma estrela decadente
[Refrão: Rashid]
A vida é injusta e louca, ao mesmo tempo é bela
Quando vê, escorregou pelos seus dedos, frágil como a sua tela
Trago cada um comigo, é a grandeza disso aqui
E onde quer que eu pise, nunca vai ser só o Rashid ali
Um brinde a todos que se foram
E também proponho aqui um brinde aos que ficaram
Sobreviventes somos como os boys jamais serão
As chances que eram poucos logo se multiplicaram

[Verso 2: Rashid]
Difícil pra um cara do coração bom ser rei
Me identifico com T'Challa e com Mandela
Trago feridas que não foram abertas no meu eu
Isso que dá, coração mole, a vida me endureceu
Quem não procura a redenção nesse redemoinho?
Se falta fé pra dar o passo, como cê quer ver o caminho?
Os parceiro perdido, dor que eu não soube curar
Sonharam juntos só que não puderam realizar
O passado é mato, o tempo toca o barco, isso é fato
E eu penso nos amigos que eu já perdi contato
Como será que tão? Firmão? Tomara que sim
Será que ouvem meu som? Será que têm orgulho de mim?
De vez em quando eu passo lá na Oito ou lá em Alvim
Fico olhando a rua e lembro de nóis pivetinho
Tanto os muro que nóis pulava, quanto os tombo que tomou
O quanto daquilo ainda resta no que a gente se tornou?
[Refrão: Rashid]
A vida é injusta e louca, ao mesmo tempo é bela
Quando vê, escorregou pelos seus dedos, frágil como a sua tela
Trago cada um comigo, é a grandeza disso aqui
E onde quer que eu pise, nunca vai ser só o Rashid ali
Um brinde a todos que se foram
E também proponho aqui um brinde aos que ficaram
Sobreviventes somos como os boys jamais serão
As chances que eram poucos logo se multiplicaram
É isso

[Saída: Gulherme Briggs & Rodrigo Carneiro]
– Será que os outros estão bem? Será que conseguiram escapar? Éramos vários samurais protegendo a vila, quando despertei não encontrei mais ninguém. Pelo menos, ninguém vivo
– Ao menos parecem ter morrido com honra, ao contrário de você, vivo e envergonhado
– Não! Não diga isso! Vivo ainda tenho chance de fazer algo. Já que não fui capaz de proteger a vila, meu dever agora é vingá-la
– Isso se o remorso não te derrubar antes