Rashid
Deixai Toda Esperança
[Refrão: Macedo Bellini]
Eu não tenho medo de erguer a minha voz
Aflorar os nervos, combater o meu algoz
Percorrendo o seu olhar, eu consigo enxergar
O que há por dentro, permaneço atento
Pois o enfrentamento me instiga a cantar
[Ponte: Rashid]
Yeah
Seu parceiro Rashid
Foco na missão, vamo
[Verso 1: Rashid]
Ei, morte, isso é sobre rainhas e reis
Sobre se erguer vindo da escassez
Vim pelo kick e o bass
Bem antes do drip, do sip e do whisky escocês
O mic e a technics, pela voz, pela tez
Por quem veio antes e fez
Minha vez na Matrix
Fiz erros de português renderem milhares num Pix
Logo pra quem não valia nada e perdeu tudo
Só sobrou a cara feia de escudo
No mais, o que vier é lucro, não me iludo
A vida me ensaiou pra Racionais, não Menudo
Sou meu próprio senhor e fim
Equilibrando ódio e amor, Radio Raheem
O pódio é o terror, faz menor se iludir com os carrão
Sem nem ter como encher os carrinho
É a febre da selva, suor na testa
A procura da fresta, sangue na relva
É a febre da festa, ferro na destra
E a tensão indigesta cala uma orquetra
É a febre que empresta impulso pra vingança
Nesta dimensão onde nada presta
É a febre que manifesta meu protesto
Não aceito viver do que resta
Meu som é o que infesta, pegada Robert Nesta
E atesta, é foda ter uma vida honesta
Quando, quem dá o exemplo te rouba e te molesta
A mando de quem detesta o povo e queima floresta amando
Realidade funesta, sequestra o sonho
Então segura a palestra, é meu testemunho
O seu olhar me contesta, já pressuponho
Minha paciência é modesta, não testa o punho
Nunca gelei pra você, não vai ser agora
Porque o medo do final já é o próprio inferno
Sempre te olhei de igual, entendeu, senhora?
Com a mesma raiva que despejo no meu caderno
Eu não temo, não tremo ao seu sinal
Todo ouro que trago eu garimpei
A riqueza que me libertou real
Tá na minha cabeça, Chico Rei
Quando chegar minha hora tá dado o aval
Os meus dias pelos nossos entreguei
Se foi certo todo esse esforço, afinal
Pergunta pros corações que toquei
[Ponte: Macedo Bellini]
Eu não tenho medo de perder a minha voz
Sem ressentimento, desfazendo se constrói
[Verso 2: Rashid]
É como um sonho ruim
Quantas histórias dessa cê ouviu
De pobreza onde a tragédia cai bem?
Várias delas não tiveram um view
Pra eles era a vida de ninguém
Antes do milhão na plataforma de stream
Era eu na plataforma do trem
Que que cê faz perante o desafio?
Me torno um desafio também
[Saída: Guilherme Briggs & Rodrigo Carneiro]
– Sua terra foi devastada. Você poderia ter feito mais. Aliás, deveria ter feito mais. Agora está aí, sentindo pena de si mesmo. Grandioso samurai... Hum, patético
– Ahn, quem é você?
– Além de tudo é esquecido, ou o pouco de inteligência que lhe restava foi arrancada com as pancadas que levou na cabeça? Hum, será por isso que agora consegue me ver?
– Olha aqui, eu não sei quem é você, mas definitivamente não é uma boa hora
– Escuta aqui, seu projeto de espadachim, eu venho te seguindo a sua vida toda e te conheço muito bem. Eu sou a sua consciência. Eu sou o Proceder