Makalister
Extravagância e Perfume
[Verso 1]
É tão extravagante o perfume
Azulejo rubi
Cintilante mesmo sendo antigo
Meu flow é um chão de verniz
Transponível aos perdidos
Universidade de Coimbra
Uma nova chance na vida
Nova estante pro quarto
Galão de tinta repagina-te
Eu não carrego correntes no pescoço
Esse coração é uma bomba-relógio
Arquétipo de outono
O fruto que escapou do galho antes do cair da árvore
Terror dos trópikos é o jovem
Atalhos pelo córrego
Não é só o rio que nunca é o mesmo
Na cesta de pães, algumas vírgulas matutinas
Resquícios de um sono corrido

[Sample]
"Eles usam uma técnica de guerrilha, né? De guerrilha urbana pra provocar justamente..."

[Verso 2]
Eu não uso palavras difíceis
A forma que cuspo se faz digna
Sem jogadinhas de sílabas
Ou assuntos bobinhos
Tudo que escuto é ridículo
Presunçoso, substituível
Se é só essa bobice que te inspira
Que Deus me ponha longe dessa vida
Quando rimo, nem rimo
Não poetizo, não verso
É só o espirro
Minhas vias aéreas estão cheias de limo
Essa construção está submergindo
Todos estão loucos pelo dinheiro
Enforcados pelo anseio
Madrugadas na superfície do estrado
Pé direito alto, posso ver o céu passar
Folhas podres, cheiro medonho
Derruba as paredes do cômodo
Não tenho dívidas nem vícios
Quando rimo é um alívio fodido
[Sample]
"Eles usam uma técnica de guerrilha, né? De guerrilha urbana pra provocar justamente..."