Makalister
Flow Caixa de Surpresa (Frente a Fila Preferencial)
[Verso 1: Makalister]
Me estraguei no pós dia 5
Não vi a morte, estava dormindo
No banco do carona quietinho
Não posso reclamar da boca que morde
Enquanto uma boca me beija e me morde
Pau rígido como um avô que arregaçou na ditadura
Velhamente sádico com torturas inoportunas
De frente a fila preferencial gigante, a vida é curta
[Verso 2: Lessa Gustavo]
O telefone toca
Ao atender é alguma empresa tentando vender algum produto de matéria morta
A curva aguda desemboca com precisão na porta torta
Localizada aos fundos do galpão
Repleto de geringonças desnecessárias e máquinas ocas
Envergam-se as colunas inexistentes conforme a gente cresce
Garrafas foram ao chão, cerâmica quebrada por todos os lados
Pique Banderinha e Adedonha nos cacos
Se tornou turvo o torneio dos fardos, mano
E eu fui atrás da solução na torre mais alta
Do castelo mais alto
No cume do monte mais alto
Cuspindo nos deuses que esbarrei por lá
Riscando acordos prévios, vi que os devo anular
Os caras se dizendo high, me dá vontade de aloprar
Ouvindo essas drogas baratas que tem pra ouvir por lá
[Verso 3: Makalister]
Passo como linha fina por buracos de agulhas de costura
Quatro paredes
1700 linhas
Posso confeccionar espécies marinhas nas falácias sobre o meu signo