[Letra de "Borboleta"]

[Verso 1]
(Beber) Felicidade entre cair do céu e crescer na árvore
Macacos na cabeça podem-se pendurar e sair de mim
Abanquemos no jardim
Pela primeira vez não respiro o meu ar pensativo
Que me faz engasgar em cada palavra dita
Mais um sermão aos peixes até nadarem na água limpa
Isto é tudo um corpo humano, o céu é só a parte de cima
Milagre é eu gravar e o Trip dizer que alinha
Coisas tão pequenas que me fazеm tão saudável
Quando falo com demónios cá em baixo, até os anjos caеm
É sempre ganda churrascada com carne do supermercado
Mas um dia compro um porco e uma vaca
Eu sei que cai do céu mas não me dou por contente
Preciso de fazer por mim, ir p'ra mais perto dele
'Tou mesmo a chegar, entra aí também
De intenções corrigidas, o nosso paraíso é cheio

[Verso 2]
Tenha sido bom ou mau, útil ou inútil
Como já muita gente disse e com razão, serei comido por bichos
Mais tarde eles carregam-me, para já a notícia pesa aqui, em mim
Mais um som gravado a tentar esquecer quem sou
No meu próprio álbum
Não adivinho consequências dentro do que consigo ver
Vai apenas o melhor possível (Todo queimado)
Quero é estar aqui a vida toda
E lançá-lo só quando me sentir a ficar sem forças (Vou-me deitar)
Interpretações são bichos que me levam p'ra longe, ai
[Outro]
Conta aí esta história
Nesse desenho, esses bichos aí vão p'rá onde?
O que é que eles vão fazer?